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O peso da informalidade

A informalidade do setor econômico no Brasil é reflexo de basicamente dois aspectos nocivos ao ambiente corporativo. A primeira é o peso do Estado e a consequente taxa extorsiva de impostos e tributos, que oneram os custos das empresas e as jogam para a marginalidade. A segunda é a cultura do jeitinho para escapar do peso do Estado. Ambas, portanto, formam um ciclo vicioso característico de países subdesenvolvidos. A saída desse jogo, que se retroalimenta, é o despertar para a maturidade da gestão.

Num primeiro momento, a informalidade tem seus méritos, quando ela demonstra que uma sociedade está viva e se movimentando para garantir sua sobrevivência diante de um governo mal orientado, que tenta esmagá-la com sua pesada burocracia. São governos que não conseguem compreender a necessidade de libertar as forças empreendedoras que dão dinamismo à economia, gerando riqueza. Nesse contexto, a informalidade é uma forma de resistência.
Mas quando o cenário político muda e há abertura para o desenvolvimento econômico, a tendência é a informalidade arrefecer. Se isso não acontece, é a força do hábito de resistência dos empresários persistindo. Nesse momento, somente a visão de médio e longo prazo pode forçar uma renovação na conduta. Porque manter-se na informalidade, nesse caso, é perder espaço para negócios mais sólidos e duradouros com empresas qualificadas, que exigem transparência e respeito a protocolos, que, por sua vez, só podem ser seguidos com segurança na legalidade.
É fato que o Brasil avançou muito em relação ao padrão de trabalho nas empresas, que seguem parâmetros universais. Mas não é o que acontece ainda com muitas das pequenas e médias empresas. As grandes empresas, quando persistem nesse erro, sabem que a concorrência vai colocá-las em colapso mais cedo ou mais tarde. E não têm muito tempo para se aventurar.
Já as pequenas e médias deveriam ver pelo sentido oposto. Se continuarem se aventurando, perderão muito tempo para se enriquecer. Quando falamos em enriquecimento, estamos falando também em conquista de modelo de gestão padronizado, com lideranças qualificadas e profissionais bem treinados, que são atraídos para empresas avançadas. Para se chegar a essa formalidade, com poder de monitoramento e medição de seu desempenho, é preciso se afastar da informalidade e ganhar o mercado de peito aberto, com ciência e tecnologia.

ARTIGO  MARÇO/2020

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Alessandro Natal

é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br

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