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Os desafios crescem na medida em que o empreendimento
ganha em ousadia

Para uma ação objetiva e eficaz é fundamental a identificação precisa do problema, ter o ferramental humano e tecnológico disponível e o monitoramento para delimitar estratégias. Na prática, não existe situação ideal em que tais variáveis sejam dadas com facilidade e clareza. Soluções fáceis podem trazer consigo uma somatória de interpretações superficiais e equivocadas. Por isso, cuidado antes de aplicá-las. Não se pode esquecer o básico: que recursos de qualidade, humanos e financeiros, são caros e escassos, como já sabemos pela lei mestra da economia.

Por incrível que pareça, nem sempre identificamos um problema isolado que possa ser atacado diretamente e solucionado de pronto. Porque os problemas sofrem do que na física moderna se tenta explicar pela teoria das cordas, que avalia as variáveis em uma ação com múltiplas consequências decorrentes de forças interativas. Ou seja, é preciso ter, ao mesmo tempo, uma visão do todo e do particular para tentar evitar danos maiores do que os já existentes a partir de uma medida isolada.
Sem contar que o problema visto pode não ser o problema existente, mas sim nascido a partir de um equívoco de análise. Basta ler a teoria das restrições, ou dos gargalos, desenvolvidas por Dr. Eliyahu M. Goldratt. Compra-se máquinas poderosas para ampliar a escala produtiva, mas nem sempre esta é a melhor solução. Um gesto simples e, olha só, subjetivo, pode ter maior impacto na melhoria dos processos.
Quando se trata do subjetivo, falamos da capacidade da equipe de se desdobrar para um objetivo comum. Diz mais respeito à capacidade de liderança e abertura de canais na equipe para se entender a estrutura em si do que qualquer outra coisa. O empenho pode levar ao diagnóstico preciso. Aí sim tudo fica mais fácil.
Evidente que quando o negócio se desenvolve, a empresa cresce, os problemas se multiplicam e os desafios, idem. Há inclusive empresas que ajustam seu crescimento a um ponto que consideram ótimo, porque seus gestores sabem que um passo a mais exigiria reengenharia completa do seu funcionamento, com investimentos que poderiam comprometer sua sobrevivência, devido ao excesso de novos recursos necessários para esse salto.
Por outro lado, é fundamental também ter por base as variáveis clássicas de uma organização, como:
Mais clientes ou maior demanda exige aumento da capacidade produtiva. Deve-se ajustar a capacidade produtiva quando cai o número de clientes ou decresce a demanda. Quando a necessidade dos clientes ganha uma nova característica, temos de projetar processos mais complexos. Quando a concorrência está mais forte, temos de oferecer o melhor por um preço competitivo. Se os recursos próprios se exaurem, temos de estar prontos para captá-los externamente.
São dicas fundamentais? Claro que são. Mas colocar essas variáveis em operação são outros quinhentos e exige boa formação técnica e um exercício cuidadoso no dia a dia. Porque é na prática que se constrói sua trajetória. Essa formação que o empreendedor precisa buscar antes de se aventurar apenas pela intuição, que é fenomenal, mas, sem bússola, é o caminho mais curto para o desastre.

ARTIGO MARÇO/2019

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Alessandro Natal

é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br

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