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Qual a sua importância para o trabalho?

A pergunta de abertura pode ser ampliada: qual a importância do trabalho para a sua vida? Há quem insista na tese de separação radical entre vida particular e vida na empresa. Evidente que existe o momento da família, dos amigos e do lazer descomprometido, mas isso não significa um desligar-se da essência do trabalho. A fragmentação da existência normalmente se acentua quando o profissional não escolheu a carreira que pretendia e foi arrastado pelas circunstâncias da vida e da sobrevivência. Ou então, mesmo estando em seu metiê, é influenciado por ideias que alimentam conflitos e, por isso, compreende a vida como se ela fosse um ajuntado de momentos antagônicos.

É fato que quando o profissional tem a carreira escolhida como parte integrante do desenvolvimento pessoal, a relação entre vida particular e vida no trabalho fica muito mais harmônica e se potencializa, agregando valor a ambas. Nesse sentido, o mundo do trabalho se torna também um desafio permanente e o aprimorar habilidades técnicas e humanas particulares para superar os próprios limites e resolver os problemas que surgem deixam de ser uma fonte de sentimentos negativos, mas puro prazer. Ou seja, o profissional busca no trabalho seu ser integral, desafiando os próprios limites, avançando significativamente em suas habilidades, o que o realiza, gerando momentos de felicidade.
Nesse Brasil cheio de complicações para o desenvolvimento pessoal é mais comum vermos profissionais que tiveram que se superar ao se perceberem em caminhos que não foram traçados como pretendiam, mas enfrentaram as intempéries do meio, adaptando-se com grandeza aos desafios do mundo corporativo, por pura sobrevivência e responsabilidade. Mesmo resignados, têm o senso de dever apurado e assim tocam a vida, equilibrando conflitos com sabedoria. Mas o que predomina mesmo nas empresas são pessoas que não conseguem de modo algum se relacionar com felicidade à vida do trabalho, presos a sonhos mal resolvidos desde a adolescência e a uma formação inadequada. Aí é tensão e a baixa produtividade, com chances bem reduzidas de sucesso, já que sonham apenas com o fim do expediente.
O fato é que nas corporações modernas a relação do profissional com o dia a dia do trabalho é conhecer todos os processos em que está envolvido e suas interfaces. O nível de entendimento dessas relações é mais efetivo quanto mais se dedica a compreender as nuances e amplia assim afinidades com o ambiente, buscando inclusive outras atribuições, o que o torna um profissional multidisciplinar, capaz de circular com desenvoltura em vários níveis de interlocução e apontar soluções em plano micro e macro. Essa vivacidade está diretamente ligada à empregabilidade.
Fica evidente que um profissional com essa percepção de espaço e competência técnica é fundamental em qualquer empresa de qualidade. Sua contribuição ao trabalho é efetiva porque faz parte de sua realização humana, já que a empresa está incorporada à sua dinâmica de vida ou ainda, está em sincronia com suas atribuições técnicas e ao seu compromisso com a realidade. Nessa perspectiva, perguntar qual sua contribuição para o trabalho, em quais processos está envolvido, o que de fato você faz, torna-se redundante, uma vez que o gerenciamento do processo está intrínseco ao seu entendimento do mundo corporativo, que é parte do seu mundo de realizações. Alcançar esse estágio de equilíbrio é o grande desafio.

ARTIGO JUNHO/2019

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Alessandro Natal

é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br

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